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Jovens aprendizes do Talentos de Futuro criam empresas de biofertilizantes

Foto do escritor: Instituto  AlgarInstituto Algar
Programa foi desenvolvido no SBA Girassol, instituição do Grande Grajaú, em São Paulo

O programa Talentos de Futuro, do Instituto Algar, forma jovens interessados em dar os primeiros passos na vida profissional, seja como aprendizes ou empreendedores. 

Na região do Grajaú, em São Paulo, professores da instituição SBA Girassol aplicaram o programa junto a uma turma de jovens diferenciada. Eles criaram um negócio sustentável, a Vital Verde, e já comercializam sua produção. A empresa fabrica biofertilizantes com húmus de minhoca. 

A história começou com o professor Francisco Lenilson Silva Oliveira, responsável pelo curso de Gestão Administrativa e Empreendedora, oferecido pela SBA em parceria com o Senai. Ele havia participado da formação de multiplicadores do Talentos de Futuro em 2023 e incorporou a metodologia do programa a um curso que já existia na instituição.


Professor Francisco Oliveira é um homem branco, jovem, bom cabelo e barba começando a ficar grisalhos.
Professor Francisco Oliveira, do SBA Girassol
“Aproveitei ao máximo tudo o que aprendi, com o objetivo de contribuir para que os jovens melhorassem habilidades necessárias no mundo do trabalho, como comunicação interpessoal e atividades em grupo”. Professor Francisco Oliveira





A equipe da Vital Verde era formada por 17 alunos e alunas. Com recursos encontrados em casa, como baldes, torneiras e até meias, eles criaram uma composteira de resíduos sólidos, de onde extraem o biofertilizante.


Mão na massa: jovens criam empresa de biofertilizante


Danielle Maria de Lima e Samara Ester de Almeida Honorato dos Santos são duas estudantes que participaram da criação da Vital Verde. O desafio foi dado pelos professores Francisco e Tom: criar um negócio de verdade a partir do que aprenderam nas aulas. Desenvolver um produto e colocar no mercado.

Cinco jovens do SBA Girassol participam da montagem da composteira.


“Nosso primeiro passo foi fazer a composteira. Pegamos coisas que tínhamos em casa. Um balde, uma torneira encontrada no quintal, meia de vó, entre outras coisas. Levamos para a escola e fomos combinando tudo até chegar ao resultado desejado”. Danielle Lima


Para ela, a criação do negócio contribuiu também para uma conscientização sobre meio ambiente, uma vez que perceberam a importância do reaproveitamento de alimentos e outros itens que deixaram de ser descartados no ambiente.

Uma vez definido o produto — biofertilizante com húmus de minhoca — foi criada a marca, a embalagem, o valor e a forma de comercialização. As tarefas foram divididas como em uma empresa de verdade, com departamentos de recursos humanos, financeiro, marketing, jurídico e operações, onde todos os estudantes participaram. Diariamente, havia uma equipe responsável por abastecer a composteira, misturar, fazer as trocas e extrair o produto, que era vendido na própria escola e na vizinhança.

“Cada pessoa tem sua responsabilidade, mas tudo é resolvido conjuntamente. A gente tem uma conta no Instagram, onde divulga o produto e seus benefícios. Vendemos aqui por perto, montamos barraquinha, entregamos. O valor vai para uma conta administrada pelos professores. Quando a empresa precisa, a gente investe”, explica Samara.

Nos próximos anos, a Vital Verde deve continuar existindo com a concepção atual, mas será administrada por outros estudantes do programa.


Cartaz em fundo verde, onde a empresa explica detalhes sobre sua missão, visão valores e perfil.

Trabalho em equipe e comunicação


Jovens participam de atividades em equipe durante Talentos de Futuro.
Trabalho em equipe realizado durante o programa

Para Danielle e Samara, o conteúdo do programa Talentos de Futuro contribuiu principalmente para o desenvolvimento das habilidades de comunicação e trabalho em equipe. As duas contam que sempre tiveram dificuldade em fazer atividades com pessoas com quem não tinham afinidade, mas que quebraram essa resistência com a metodologia do Instituto Algar




“Quando a gente chegar ao mercado de trabalho, não vai atuar só com quem conhece. Precisa entender que todas as pessoas têm suas responsabilidades e que há um objetivo em comum a ser atingido. Desenvolvi muito a capacidade de trabalho em equipe durante nossas aulas”. Samara

A comunicação foi outra habilidade forte. Nas aulas, as alunas aprenderam as diferentes maneiras de se comunicar e se posicionar em um ambiente profissional. Ambas falam muito bem e com desenvoltura. “Eu sempre fui de falar muito, mas no Talentos de Futuro aprendi a importância de ser clara, objetiva e atingir meus objetivos”, diz Danielle.


Visita ao escritório da Algar


Grupo de jovens da SBA Girassol posa para uma foto depois de  visita às empresas Algar.
Visita à empresa Algar

Em novembro de 2024, os estudantes da SBA Girassol visitaram o escritório da Algar na região da Avenida Faria Lima. Conheceram as áreas, conversaram com colaboradores e puderam ver a realidade de uma empresa na operação do dia a dia.

Para o professor Francisco, que acompanhou os alunos, foi uma experiência importante porque foi possível ver, na prática, tudo o que aprenderam em sala de aula.

Uma das coisas que mais chamou a atenção da Samara foram os escritórios sem paredes e a inexistência de um local de trabalho fixo.

“Aquele escritório todo aberto parece um abraço de mãe. Foi muito legal conhecer e entender como é trabalhar em uma grande empresa”. Samara Santos

SBA Girassol


A Sociedade Beneficente Alemã funciona no Grajaú, há cerca de 15 anos. Foi criada para atender a população do bairro e das regiões vizinhas, com cursos profissionalizantes oferecidos no contraturno escolar.

Além do programa liderado pelo Francisco, há aulas instalações elétricas, moda, panificação, corte e costura. Cada turma tem cerca de 30 alunos. No segundo semestre de 2024, eram 150 pessoas participando das atividades. A metodologia do Talentos de Futuro foi desenvolvida em um deles, o de gestão e empreendedorismo.

A faixa etária atendida vai da adolescência até a terceira idade. “Tem pessoas de 70 anos que vem fazer o curso de instalação elétrica. Mulheres adultas que vem estudar corte e costura. Depois, vem contar para a gente que já abriu negócio, está trabalhando e tem bons clientes”, diz Francisco.

Depois das aulas, a SBA Girassol faz o acompanhamento por seis meses, com apoio de uma equipe especializada, que envolve psicólogo, assistente social e enfermeira. Muitas pessoas começam efetivamente a empreender e gerar renda. Segundo Francisco, em especial, as mulheres.

O Talentos de Futuro é uma realidade na SBA Girassol. Transformou a vida dos jovens empreendedores da Vital Verde. E contribuiu para o amadurecimento da Danielle e da Samara, duas jovens cheias de sonhos e projetos de vida. Danielle quer estudar Psicologia, mas também pensa em medicina. Já Samara, queria Direito ou Medicina. Depois do programa, tem certeza que quer estudar Recursos Humanos ou Marketing.

Para as duas, os aprendizados do programa são importantes agora, quando planejam o primeiro emprego. Mas serão também no futuro, quando forem para a faculdade e começarem suas vidas profissionais. 

Para elas, a oportunidade fez toda a diferença!





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