top of page
  • Ícone do Facebook Preto
  • Ícone do Instagram Preto
  • Ícone do Youtube Preto

De oficinas culturais a novos futuros

  • Foto do escritor: Instituto  Algar
    Instituto Algar
  • 16 de set.
  • 4 min de leitura

O legado do Cesag no Programa Transforma do Instituto Algar


 No início dos anos 2000, as atividades do Programa Transforma, oferecidas pelo Instituto Algar, aconteceram na sede do Cesag, o antigo Centro Esportivo e Social Alexandrino Garcia, no bairro Alvorada, em Uberlândia. O clube – que durante décadas atendeu aos associados do Grupo Algar – foi desativado alguns anos antes e acabou cedido para a realização das atividades culturais e de formação do Instituto. Lá, foram realizadas oficinas de teatro, cinema, música, literatura, audiovisual e várias outras modalidades que envolviam arte e cultura.


Professor de música ensina jovens sentados ao pé de uma árvore
Oficina de música, com Enzo Banzo / Foto Douglas Luzz

O Cesag funcionou até 2022 como uma espécie de sede própria do Programa Transforma, que já trabalhava em parceria com escolas e organizações da sociedade civil para a oferta de atividades criativas no contraturno escolar. Na época, o espaço foi reformado e passou a ser usado tanto pelo Instituto quanto pela Fundação Uberlandense do Turismo, Esporte e Lazer (Futel), que passou a oferecer atividades esportivas.

Ana Carolina Ferreira, atual diretora da Partilha, uma das assessorias parceiras do Instituto Algar, lembra que o Cesag passou a ser utilizado por volta de 2006 ou 2007. Pouco depois, em 2009, foi construído um novo prédio com salas de aula. Na época, o número de atendimentos saltou de 50 para 300 crianças e adolescentes por ano. 


“Foi muito importante a gente oferecer as atividades dentro do território onde esses jovens viviam, estudavam, trabalhavam. Mais perto de casa, os pais ficaram mais tranquilos, o acesso foi facilitado, sem custo para as famílias. A faixa etária do público era de 6 a 14 anos. Muitos jovens participaram durante vários anos e desenvolveram múltiplas habilidades”. Ana Carolina Ferreira - Partilha

Oferecer o melhor aos filhos


Para Juliana Soares Martins, professora que matriculou os filhos no Programa Transforma, a estrutura do Cesag oferecia segurança e proximidade, o que facilitava a participação, mesmo quando ela não podia acompanhar a filha.

Gabriela Martins começou a frequentar as oficinas aos 9 anos, passando por atividades de literatura e teatro, além de integrar o programa de menor aprendiz. Hoje, trabalha na Algar, em Brasília.


Duas mulheres abraçadas após apresentação cultural do grupo Emcantar
Juliana Martins após apresentação no Cesag

“Meu objetivo era evitar que minha filha ficasse na rua e garantir que ela desenvolvesse habilidades para a vida. Lembro de uma apresentação no Teatro Rondon Pacheco: mandei entregar flores, foi muito emocionante. O Alvorada Cultural também foi marcante para quem teve o prazer de participar”, conta Juliana.


A professora matriculou também seu outro filho, que acabou por não se identificar com o programa. Ela explica que seu objetivo era oferecer atividades culturais e de formação para preparar os filhos para um futuro melhor.






Do audiovisual para as finanças


Adélia Maria de Paula começou a frequentar o Cesag aos 11 anos, no contraturno escolar. Participou de diferentes oficinas, destacando-se a de audiovisual. Também integrou o programa de jovem aprendiz, passou pelo Instituto Algar e hoje atua na área financeira de uma produtora de vídeo.


Criaças fazem filmagens com celular
Oficina de audiovisual / Foto Douglas Luz

“O Cesag oferecia um espaço amplo e multifuncional, a gente convivia com crianças e adolescentes de várias escolas e os professores eram muito diferenciados. Os projetos sociais fazem a diferença na vida da gente. O Instituto Algar para mim foi uma verdadeira escola”, conta Adélia, que hoje segue carreira na área financeira.




Enquanto ainda estava no Transforma, Adélia se identificou muito com as atividades ligadas à produção de vídeo. “A gente produzia filmes, aprendia como contar uma história. Hoje trabalho com finanças em uma produtora de vídeo. Parte de minha visão de mercado foi construída a partir das experiências que vivi no Cesag”, encerra.



Um espaço que transformava as crianças


Antes do Cesag, as atividades do Programa Transforma aconteciam nas escolas e instituições parceiras. Com a mudança, crianças e adolescentes de diferentes lugares se encontravam e participavam juntas das oficinas. Para Ioleides Cabral, mais conhecida como Ioiô, o espaço favorecia o desenvolvimento integral das crianças e jovens. “Tínhamos o espaço físico, mas muitas atividades aconteciam ao ar livre, era um lugar cheio de arte e criatividade”, lembra.


Duas mulheres acompanham crianças em apresentação cultural
Ioleides Cabral após apresentação cultural na Algar Tech

Os educadores procuravam explorar todo o potencial do lugar. As oficinas eram no contraturno escolar e havia um ônibus que buscava e deixava as crianças. Cada uma durava cerca de duas horas, com instrutores que se integravam ao espaço para oferecer uma experiência única. “A gente via as crianças e jovens tocando, escrevendo, fazendo filmes, tudo no mesmo espaço. Havia uma energia muito boa naquele lugar”, segundo Ioiô.



Em 2020, quando veio a pandemia, após um tempo de adaptação, as atividades passaram a ser oferecidas remotamente e isso permitiu que jovens de todo o país participassem. Segundo Ioiô, isso abriu novas perspectivas para o programa, que ampliou bastante seu alcance. Em 2022, quando as atividades já haviam retomado o formato presencial, não foi mais possível utilizar o espaço e as oficinas voltaram a ser oferecidas em escolas e instituições.

“Era muito bom ver as crianças se desenvolverem, se apoderarem de seus talentos, interagirem para criar literatura, teatro, música. O espaço era favorável ao desenvolvimento humano. Muitas pessoas ali criaram vínculos para a vida toda”. Ioleides Cabral

bottom of page